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sábado, 19 de dezembro de 2009

O Preparo na Cerâmica Prensada

Indicações de preparo

Coroas:
Reduzir 2mm na região incisal.
Região vestibular, 1 a 1,5mm.
Ombro internamente arredondado com um ângulo de 90°.
Largura mínima de 1,0mm na região palatina.
Chanfro ou ombro inclinado não é indicado.
Não deixar cantos vivos.

Inlays / Onlays:
As paredes internas não devem ser paralelas, e sim com um ângulo de 15° com abertura maior por oclusal. A profundidade deve ser de aprox. 2mm. Chanfro e contato entre dente antagonista e inlay não são indicados.

Veneers:
Todas as regiões de preparo com ombro internamente arredondado com espessura mínima de 0,5mm. Espessura mínima de 0,5mm na vestibular e 1mm na região incisal.

Solucionar problemas na Cerâmica Prensada.





Como solucionar os principais problemas na técnica de Cerâmica Prensada?


1. Trincas no Revestimento
1.1 As trincas na lateral do anel de revestimento podem ser ocasionadas por uma regulagem muito alta na pressão do seu forno. Recomenda-se que seja feita uma prensagem com no máximo 4,5 bars de pressão.
1.2 A regulagem do forno dentro dos prazos recomendados pelo fabricante é muito importante para que a pastilha cerâmica seja prensada em seu estado líquido total e não comprometa o anel de revestimento. Além disso, consulte o manual do fabricante para a regulagem correta do ponto de fusão de sua pastilha.
1.3 A parte inferior do anel (base) deve estar absolutamente plana, caso contrário o pistão de alumina pressionará de forma angulada pressionando as paredes do anel causando a trinca no revestimento.


2. Trincas na Cerâmica
2.1 Este problema geralmente é ocasionado por uso insuficiente de cera no padrão da escultura. Se o padrão de cera vai de uma área grossa para uma área fina e volta para uma área mais grossa, isto causará stress no momento que a cerâmica líquida estiver fluindo nesta região. Desta forma, a trinca geralmente acontecerá em inlay devido a este preparo. A solução é engrossar a área mais fina com cera, pois o material cerâmico flui melhor quando estiver fluindo por igual. Após a prensagem, diminua a espessura da cerâmica conforme seja necessário.


3. Posição Correta dos Sprues
3.1 Todos os pontos de união dos sprues devem ser arredondados respeitando uma angulação entre 45º e 60º.
4. Fluxo do Material Vs Posicionamento dos Padrões de Cera
4.1 Coloque os sprues na direção do fluxo cerâmico, observando a continuação dos padrões de cera.


5. Posicionamento Correto dos Padrões de Cera.
5.1 Sempre posicione o sprue na parte mais volumosa dos padrões de cera, deixando a parte oclusal para o lado interno.
5.2 Se a coroa for vista através das proximais a região mais longa da cervical deve ser posicionada para o lado externo. Além disso, não deixe de observar a angulação para o fluxo correto do material cerâmico.


6. Posicionamento do Padrão de Cera no Anel
- Posicione o padrão de cera, pelo menos, a 10mm da parede do anel.
- A altura do sprue com o padrão de cera não deve ser maior que 15 - 16 mm.
- Respeite uma distância de pelo menos 3 mm entre os padrões de cera.
- Remova o excesso de material separador.
- Quando forem confeccionado pequenos padrões de cera, utilize um sprue fantasma para compensar o excesso de material cerâmico na prensagem.


ATENÇÃO: Siga todas as recomendações técnicas tanto do fabricante das pastilhas cerâmicas quanto do revestimento.

Mensagem feliz 2010


Desejo que em sua vida
Não exista cara feia,

Não exista bolso furado,

Não exista tempo apressado,

Muito menos grãos de areia.
Não exista tempo fechado,

Não exista problema dobrado,

Não exista sonho frustrado,

Muito menos amor acabado.
Não exista amigo esquecido,

Não exista negócio falido,

Não exista boato mexido,

Muito menos dinheiro sumido.
Não exista tempo nublado,
Não exista ambiente abafado,

Não exista corpo dobrado,

Muito menos bom senso abalado.
Não exista mágoa engolida,

Não exista emoção reprimida,

Não exista alma sofrida,

Muito menos felicidade perdida...

Só desejo que você seja feliz!!!

Um muito, muito Feliz 2010!!!
EVOLUTTI prótese dentária
Por Viviane Vieira

Mensagem Natal 2009


A Melhor mensagem de Natal é aquela que sai em silêncio de nossos corações e aquece com ternura os corações daqueles que nos acompanham em nossa caminhada pela vida.”


São os votos da Evolutti Prótese Dentária
Por Viviane Vieira

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

PRÓTESE TOTAL IMEDIATA



Classificações das próteses totais imediatas

Prótese Total Imediata com Face Labial Total

É uma prótese convencional cujo aspecto vestibular é idêntico a uma dentadura mediata convencional. Esse tipo de prótese requer com freqüência o preparo cirúrgico da boca (remoção óssea) e o preenchimento na região labial. Com freqüência pode ocorrer reabsorção óssea formando a borda anterior traumática, necessitando constantes ajustes por desgaste. Por outro lado, a face labial da Prótese Total Imediata é mais estável, aumentando a possibilidade de re-embasamentos o que melhora a sua estética.

A Prótese Total Imediata com Face Labial Parcial
Esse tipo de PTI apresenta a construção de apenas a parte inicial da vertente vestibular labial, acima do bordo cervical dos dentes artificiais. Esta prótese não necessita de cirurgia óssea ou retalho de tecidos, pois não atinge áreas retentivas do processo alveolar.

Prótese Total Imediata sem Face Labial
A PTI sem face labial tem seus dentes anteriores montados com sua face cervical apoiada diretamente sobre o rebordo alveolar, numa montagem semelhante ao de uma prótese parcial fixa anterior. Do ponto de vista cirúrgico, esse tipo de prótese são mais conservadoras e apresentam melhores resultados estéticos já nas primeiras semanas de sua instalação, mas falham em manter um suporte adequado para os lábios quando apresentar uma reabsorção óssea por vestibular.

Vantagens:
 Evita perda de dimensão vertical;
 Previne traumatismo sobre ATM;
 Impede colapso labial e o afundamento das bochechas;
 Possibilita atividade normal da musculatura;
 Evita transtornos fonéticos;
 Facilita mastigação;
 Protege as feridas cirúrgicas contra agressões bucais;
 Promove melhor cicatrização;
 Permite a continuidade das atividades sociais;
 Melhora a estética do paciente.

Desvantagens:
 Trabalho adicional;
 Custo adicional;
 Não há possibilidade de realizar provas
 Estéticas;
 Menor ajuste;
 Perda temporária da fixação.

Indicações e contra-indicações
A indicação está na dependência da idade e estado geral de saúde, além do paciente apresentar condições psicológicas favoráveis, quando não há periodontopatias em estado muito avançado e em pacientes que ainda possuem dentes naturais ou mesmo prótese, completando arco dentário quer superior ou inferior e necessita adaptar uma prótese total. Estão contra-indicadas ao paciente que se submete a radioterapia, pois o uso de uma dentadura poderia levar a osteorradionecrose. Tanto os autores Netto e Tamaki citam que os pacientes contra-indicados podem ser divididos em dois grupos. No primeiro grupo estão os acidentes anatômicos como más-oclusões retenções ósseas como tórus e exostoses, mucosa hiperplásica e inserções musculares e freios hipertrofiados. No segundo grupo estariam os doentes mentais, pacientes diabéticos, cardíacos, hemofílicos, histéricos e idosos com saúde debilitada; os pacientes com defeito congênito ou adquirido na área chapeável.
Confecção de Tróteses Totais Imediatas

Anteriormente à confecção da moldeira deve-se levar em consideração à parte dentada, verificando a posição dos dentes na arcada, sua oclusão. Sob a parte desdentada, observa-se o tamanho do rebordo alveolar, sua compressibilidade e coloração da mucosa alveolar de revestimento. Em um exame geral deve-se nos ater ao aspecto fisiológico constando de exame clínico minucioso, anamnese detalhada, exames radiográficos e modelos de estudo, O aspecto psíquico do paciente pode ser classificado como cooperativos e não-cooperativos; dentre os pacientes não-cooperativos encontram-se os histéricos e indiferentes, nestes pacientes, as PTIs são contra-indicadas. Em um exame da boca deve-se verificar o número de dentes remanescentes e o estado de cada um tanto na porção coronária quanto na porção radicular, verificando cárie, obturações e estado periodontal.

No preparo prévio da boca para dentaduras imediatas estende-se aos dentes da arcada oposta e no caso de dentaduras duplas é igual à simples e dever ser trabalhada ambas as arcadas simultaneamente. A guia cirúrgica na etapa de instalação da PTI é fundamental, visto que possibilita a adequação da base da prótese ao leito cirúrgico, evitando pressões indevidas sobre a mucosa.

As PTIs estando duplicadas, através de um dispositivo preenchido com alginato em duas fases, estando o hidrocolóide geleificado e removidas a PTI do dispositivo, sendo então um molde da prótese, que foi preenchido com RAAQ transparente, polimerizada, recortada e polida, tornando-se réplicas das próteses, as quais serviram como guia cirúrgico. Tamaki afirma que a própria PTI pode ser usada como guia cirúrgico desde que sua base seja de resina incolor e o sorriso do paciente não exponha os bordos cervicais dos dentes para não conferir problema estético.

Moldagem
Para confecção da dentadura imediata, segundo Netto, necessitam- se de uma moldagem: preliminar ou anatômica, cuja finalidade seria obter um modelo de estudo, tendo uma visão panorâmica das estruturas bucais, servindo para diagnóstico, orientação da área chapeada, delimitação e orientação na confecção da moldeira individual, além da seleção do material a ser usado. Feita moldagem, devem-se remover as partes de material sem apoio da moldeira, encaixar e vazar o gesso pedra. Obtido o modelo por uma das técnicas de moldagem, delimitaremos a área basal seguindo os mesmos preceitos relativos às próteses totais, com a diferença de que a delimitação contorna os dentes remanescentes da bateria anterior, pelo seu bordo cervical palatino, acompanhando os limites da coroa clínica.

Por vestibular, este contorno acompanha a bossa canina, num desenho semelhante aquele preconizado para a sela plástica dos aparelhos parciais removíveis posteriores. Com o auxílio de resina acrílica quimicamente ativada construiremos uma base de prova fina, cujo limite segue a delimitação do modelo, verificando a facilidade de introdução e remoção sob um modelo padrão. Esta base de prova terá como finalidade a construção de roletes de cera posteriores, de maneira a possibilitar a obtenção das relações maxilo-mandibulares do paciente e montagem dos modelos em articulador.

Arco facial
Com o auxilio do arco facial fixado aos roletes posteriores, deve-se transferir o modelo da maxila para o articulador. Ainda se utilizando da base de prova e dos roletes, voltamos ao paciente para obtenção de DVO e RC para montagem do modelo mandibular. Partindo-se dos modelos articulados iniciam-se a montagem dos dentes pela área desdentada anterior.

Montagem dos dentes
A presença de dentes remanescentes facilitará a escolha dos dentes da prótese imediata. Os dentes posteriores deverão se harmonizar-se em tamanho com os pré-molares e molares antagonistas. Os dentes anteriores deverão imitar a forma, tamanho e cor dos dentes remanescentes. A partir do modelo obtido Netto preconiza demarcar o modelo utilizando a sonda periodontal milimetrada, registrando sobre o modelo a profundidade das bolsas periodontais, de forma a delimitar o recorte do gesso evitando reduzir o osso alveolar. Com esta demarcação e com os dentes artificiais posicionados inicia-se a substituição dos dentes do modelo pelos dentes. O uso destes dentes de resina acrílica é preferível, pois permite seu desgaste, caso haja processo proeminente.
O método substituição dos dentes é cortá-los de um hemiarco ou todos os anteriores de uma só vez. Feita a substituição, realiza-se a ceroplastia e inclusão em mufla. De acordo Netto deve-se ainda regularizar o modelo com auxílio de pedras montadas, facas de gesso e espátula Le Cron, sempre respeitando a demarcação um milímetro aquém da linha contínua, o procedimento cirúrgico de extrações dos dentes remanescentes e osteotomia se necessário, deverá seguir a planificação feita sobre o modelo de gesso.

Cuidados pós-operatórios:
 Não retirar o aparelho de maneira alguma nas primeiras 24 horas e nem ocluir forçando a dentadura para evitar a sobre compressão na ferida cirúrgica;
 Em caso de dor, instruir o paciente quanto à utilização de analgésicos adequados;
 Ingerir alimentação líquida e fria nas primeiras horas;
 Aplicar bolsa de gelo durante algumas horas, com intervalo de 15 minutos.
 24 horas após a entrega da prótese, é realizada a higiene deste, com água e sabão. Deve-se também realizar a higienização da boca, com uma solução fisiológica, evitando tocar na ferida.
 uma semana após a entrega, realizar os primeiros ajustes oclusais,
 o cirurgião dentista pode definir através do reembasamento do aparelho (prótese total imediata) ou pela confecção de uma outra prótese total definitiva. A prótese total imediata começa a perder a retenção, sendo assim, necessário à confecção de uma prótese definitiva após algumas semanas.

INCLUSÃO, ACRILIZAÇÃO E POLIMENTO EM PRÓTESE TOTAL

Removidas da boca do paciente, as próteses enceradas devem ser incluídas no menor espaço de tempo possível. Grandes partes das alterações ditas de polimerização resultam de alterações na cera, que podem ocorrer enquanto se aguarda a inclusão em muflo. A base de prova será fixada ao seu respectivo modelo, com auxílio de cera rosa e o conjunto, imerso em água fria, para hidratar. Toma-se o cuidado de hidratar o modelo, para que este faça corpo com o gesso da contra-mufla, a fim de evitar seu deslocamento, durante as fases de prensagem. Após hidratação do modelo, o conjunto será fixado na mufla, com gesso "comum". Aguarda-se a presa do gesso quando constroi-se um reforço, em gesso "pedra", em torno dos dentes artificiais. Pode-se ser utilizada também a silicona laboratorial (Zetalabor) sobre os dentes, cobrindo-os totalmente e fazem-se retenções na silicona.

A superfície do gesso será isolada; a contra-mufla preenchida com gesso "comum" e levada a prensa manual ou de microondas, onde se aguarda a presa final do gesso. Após a presa final do gesso, imerge-se a mufla em água quente, para amolecer a cera.
A abertura deve ser cuidadosa, pois se corre o risco de fraturar o modelo.
Removem-se a base de prova e os excessos de cera. Com água em ebulição, lavam-se as partes internas da mufla, removendo todo o resíduo de cera. Seca-se com jatos de ar e aguarda-se o resfriamento natural. Isola-se: todo o gesso do modelo e contra-modelo, com isolante para resina, tomando cuidado para não estender o isolante sobre as faces cervicais dos dentes artificiais.

A resina acrílica será manipulada, segundo as normas do fabricante, aguardando a fase plástica para o entulhamento da mufla. Preenchida totalmente, leva-se a mufla à prensagem. O melhor resultado será obtido utilizando uma prensa hidráulica, quando podemos regular, tanto a pressão quanto o escoamento da resina. Pressão inicial da ordem de 500 kg. propicia o escoamento contínuo e uniforme da resina; ao final do escoamento, elevamos a pressão, paulatinamente, até 1.500 kg., quando temos a certeza do completo fechamento da mufla. A mufla será levada a uma prensa individual; preferencialmente, prensa de molas, para a fase de polimerização.

A reação de polimerização da resina acrílica é uma reação exotérmica. Assim sendo, quando se eleva a temperatura da água do banho e se inicia a polimerização propriamente dita, a temperatura da massa de resina aumenta (proporcionalmente ao seu volume) em valores maiores, do que a temperatura externa. Levando em consideração que, a temperatura de ebulição do monômero está na faixa de 100,8ºc.; quando a temperatura do banho ultrapassa 75ºc., a temperatura interna da resina ultrapassa 100ºc.; o que pode levar o monômero residual a entrar em ebulição, causando porosidade na massa de resina. A presença de porosidade interna, mesmo que em níveis mínima afeta a resistência da base; aumenta o risco de fratura; aumenta o grau de sorção de fluídos bucais e interfere com a qualidade do polimento da resina. O ciclo lento de polimerização de cerca de 9 horas a 74ºC acrescido de 100ºC por mais uma hora determina uma acrilização de boa qualidade.

A polimerização com "ciclo rápido" a temperatura ambiente - aquecimento lento até 65°c.: reação exotérmica - (temperatura interna atingindo 100°c.); manutenção a 65°c. Por 60' - combinação monômero/polímero; aquecimento até 100°c. Em 30'; manutenção a 100°c. Por 60'- polimerização das porções mais finas; (anusavice 2005) resfriamento lento (natural) até temperatura ambiente. Há necessidade de controle permanente da temperatura, para evitar superaquecimento. O uso de um polimerizador tem a vantagem de manter a temperatura uniforme, durante longo período de tempo (pode ser ligado durante a noite), liberando o técnico ou o profissional, para outros afazeres. A abertura e desinclusão devem ser cuidadosas para evitar fraturas ou distorções da prótese acabada.

Removida a prótese da mufla, passa-se às fases de acabamento. Com pontas montada para resina, recortam-se os excessos, tomando o cuidado de não interferir com as bordas da prótese. Com tiras de lixa fina, montadas em mandril, dá-se acabamento na superfície externa, removendo as ranhuras causadas pela ponta montada. No torno de polimento, utilizando escova e "pedra pomes", iniciamos o polimento; continuado com escovas mais macias e "branco de Espanha", até o brilho final, com rodas de feltro. Não se deve exercer pressão, durante o polimento, para evitar aquecer e queimar a resina. Um alto grau de polimento é desejável, pois, além de eliminar a porosidade superficial da prótese, aumenta o conforto do paciente. Não utilizar polidores para metal: esses produtos contêm solventes, derivados de petróleo, em sua composição, que podem atacar a superfície da resina acrílica. A prótese terminada deve ser instalada no menor espaço de tempo possível. É uma característica das resinas acrílicas, o fenômeno da sorção. Por outro lado, se a prótese for mantida em ambiente seco, poderá haver perda de água e possíveis alterações dimensionais.

Técnica de caracterização do Sistema STG- técnica de microondas
A técnica de inclusão de microondas é semelhante à técnica convencional. As mufas são de fibra de plástico reforçado e são utilizados em forno microondas. Para a eliminação da cera em microondas coloque a mufla sobre um recipiente com água por 2 minutos na temperatura máxima, remova a chapa de prova e colocam-se porções de algodão na contramulfa, desparafuse-a e deixe por mais 2 minutos. Após essa etapa, antes da acrilização, é conveniente colocar a mufla em uma caixa umidificadora, a fim de evitar o ressecamento do isolante. A acrilização das próteses feita pela técnica de caracterização do Sistema STG apresenta a respectiva escala de gengivas. De acordo com a cor da escala de gengiva enviada pelo dentista e utilizando a orientação do livro que acompanha o Sistema STG, acriliza-se a prótese com muito cuidado, deixando–se a mufla descansar na prensa por no mínimo 12 horas e após o descanso, promove-se a polimerização da resina, que poderá ser em água quente ou no forno de microondas. Se formos polimerizar em água quente, pode utilizar os seguintes ciclos:

1. Ciclo Australiano ou de Tuckfield, Womer e Guerin
Coloca-se a mufla em água fria, em uma polimerizadora com termostato regulável e procede-se da seguinte maneira:
 30 minutos para aquecer até 65ºC;
 Manter a mufla em 65ºC, por uma hora;
 Deixar a temperatura elevar de 65ºC até 100ºC, o que demorará 30min;
 Manter a mufla a 100ºC, por uma hora;
 Desligar e deixar esfriar.

2. Ciclo adaptado do Australiano
Coloca-se a mufla em um recipiente com aproximadamente oito litros de água fria, sobre um fogão residencial e procede-se da seguinte maneira:
 Fogo aceso em chama fraca por 30min;
 Apagar a chama, descansando 30min;
 Acender novamente em chama fraca e deixar por mais 30min;
 Elevar para chama forte e quando a água ferver, deixar por uma hora;
 Desligar o fogo e deixar a água esfriar.

3. Ciclo Termo-Pneumo-Hidráulico
Coloca-se a mufla em água fria, em uma polimerizadora que marque pressão e temperatura. Fecha-se e procede-se da seguinte maneira:
 Injetar 60 libras de ar comprimido;
 Ligar na energia elétrica até a temperatura chegar em 110ºC;
 Desligar e deixar a temperatura chegar em 40°C;
 Ligar novamente até a temperatura chegar em 110°C;
 Desligar e aguardar o resfriamento da água.

Polimerização da resina em forno de microondas
 10 min. a 30% de potência;
 Mais 5min a 0% de potência;
 Mais 10min a 40% de potência.
Obs.: deixar esfriar normalmente.

SELEÇÃO E MONTAGEM DOS DENTES ARTIFICIAIS EM PRÓTESE TOTAL

Podem-se classificar os dentes artificiais segundo:
 Material de confecção:
 Dentes em porcelana.
 Dentes em resina acrílica.
 Desenho da face oclusal:
 Dentes anatômicos.
 Dentes funcionais.

Porcelana
 Vantagens:
 Resistência à abrasão
 Eficiência mastigatória
 Estabilidade de cor
 Friáveis
 Desvantagens
 Ruído ao mastigar
 Dificuldade na montagem
 Dificuldade de ajustes oclusais
 Não adesivos à base da prótese

Resina acrílica
 Vantagens
 Facilidade de montagem
 Facilmente ajustáveis
 Sofrem abrasão fisiológica
 Mesmo material da base da prótese
 Desvantagens
 Mudança de cor
 Perda do brilho
 Desgaste rápido

Seleção dos dentes artificiais
Basea- se na escolha dos dentes nas linhas de referência. A distância da borda do rolete de cera até a linha alta do sorriso corresponde à altura (ou comprimento) do incisivo central superior. A distância da linha do canino à linha do canino do lado oposto corresponde à largura somada dos seis dentes anteriores superiores.

Cor dos dentes
As diversas cores dos dentes artificiais são indicadas por meio de números (ou número + letra), em uma escala de cores e que variam de fabricante para fabricante. A escolha da cor deve ser feita em ambiente iluminado com luz natural, preferivelmente na parte da manhã ou início da tarde. Cuidados especiais devem ser tomados para evitar que cores dominantes, do ambiente ou da vestimenta do paciente, possam interferir com o critério. Outros cuidados importantes são: umedecer o dente da escala de cores, para obter o mesmo brilho do dente na boca e não olhar durante muito tempo seguido, para não perder a noção das pequenas nuances de tonalidade dos dentes.

Montagem e articulação dos dentes artificiais
Feita a seleção dos dentes artificiais e de posse dos modelos montados em articulador, Passa-se a montagem dos dentes. Deve-se fixar as bases de prova aos modelos, com cera fundida, a fim de evitar seu deslocamento durante as manobras de montagem. Separam-se os seis dentes anteriores superiores e com auxílio de uma espátula Le Cron, remove-se parte da cera vestibular do rolete superior, entre as linhas: mediana, alta do sorriso e linha do canino. A montagem pode ser feita de 11 para 13 e em seguida de 21 para 23 ou na seqüência: 11-21; 12-22; 13-23.

Têm-se duas situações:
 A montagem de toda a bateria anterior superior.
 A montagem por hemi-arco. Nessa situação, a montagem continua (pelo hemi-arco de início) até o primeiro molar superior.

Montado o arco superior antes do inferior e sempre, até o 1º molar superior. A montagem do 2º molar superior será feita após a montagem dos 1º e 2º molares inferiores. Após a montagem do arco superior (hemi-arcos direito e esquerdo), inicia-se a montagem do arco inferior. A seqüência se repete no outro hemi-arco.
Sendo o 1º molar, o dente "chave" da oclusão, toma-se o critério de iniciar a montagem dos arcos inferiores, por esse dente. A sua colocação no arco de cera deve ser feita de tal forma que: cúspide mesio-vestibular encontra as cristas marginais: distais do 2º prémolar superior e mesial do 1º molar superior, cúspide disto-vestibular, encontra a fossa central e sulcos formados pelas vertentes das cúspides mesiais e distais do 1º molar superior, cúspides linguais, estão alinhadas pelas vertentes lisas das cúspides palatinas dos dentes superiores.
Compreende-se que a oclusão do 1º molar inferior ocorre pelo toque de suas cúspides vestibulares (cúspides de parada cêntrica), nas vertentes triturantes (oclusais) das cúspides vestibulares e palatinas do 2º prémolar e 1º molar superior e pelo toque das vertentes triturantes (oclusais), de suas cúspides linguais, contra as vertentes lisas das cúspides palatinas, de seus antagonistas. Essa configuração confere grande estabilidade oclusal às próteses.

A montagem dos dentes posteriores segue o mesmo esquema descrito para a montagem do 1º molar inferior. Procura-se, em Prótese Total, um esquema de oclusão do tipo 2:1, em que cada dente posterior oclui contra dois antagonistas. Cúspide vestibular, ocluindo no triângulo formado pelas vertentes: mésio-palatina da cúspide vestibular do 2º prémolar superior e disto-palatina, da cúspide vestibular do 1º prémolar superior e vertente mésio-vestibular da cúspide palatina do 2º prémolar superior. cúspide lingual, mantendo contato, pelas suas vertentes triturantes, contra o antagonista.

Após a montagem do 2º prémolar, montam-se os 2ºs molares. Dessa forma, pode-se obter um “bloco de oclusão” de seis dentes posteriores. Cúspides vestibulares, ocluindo com a fossa distal (crista marginal) do 1º molar superior e face oclusal do 2º molar superior. Cúspides linguais, mantendo contato, pelas suas vertentes triturantes, contra o antagonista. Montagem do 2º molar superior segue a orientação oclusal do 2º molar inferior. Os 2ºs molares são o dente ideal para o equilíbrio das trajetórias protrusiva e latero-protrusiva das próteses totais. Não havendo a necessidade do contato em cêntrica, esses elementos podem ser montados de forma a garantir a oclusão em posições excêntricas.

Incisivos laterais seguem as mesmas normas dos incisivos centrais.
O 1° pré-molar é o último dente a ser montado, utilizaremos o espaço remanescente, desgastando o dente, se necessário, ou permitindo um pequeno diastema se o espaço for maior. Cúspide vestibular, vertente disto-vestibular, ocluindo com a vertente mesial do 1º prémolar superior; vertente mesio-vestibular, ocluindo com a face disto-palatina do canino superior. Longo eixo, inclinado conforme a necessidade da oclusão e do espaço presente.

Terminada a montagem dos dentes, em laboratório, o próximo passo será a verificação na boca do paciente pelo CD.
Provas estéticas e funcionais
Levadas as próteses à boca do paciente, irar verificar:
 Articulação dental em oclusão;
 Ajuste oclusal em lateralidade e propulsão;
 Estética dos dentes;
 Estética da face;
 Estabilidade da prótese em função.

MONTAGEM EM ARTICULADORES (PROTESE TOTAL)

Com as bases de prova com as curvas individuais de compensação posicionam-se os modelos de trabalho, nas bases de prova. Como o conjunto: base superior e base inferior estão unidas entre si por meio de grampos, tem-se a certeza de que, ao encaixarem-se os modelos superior e inferior nas chapas de prova e depois se fixa o conjunto em um aparelho mecânico fixo, os modelos estarão relacionados na mesma posição em que estavam as chapas de prova. O instrumento mecânico de que nos utilizamos, chama-se articulador.

Tipos e conceito:
Há vários tipos de articuladores, cada qual baseado em um conceito ou Escola de Oclusão. Basicamente podemos dividir os articuladores em três tipos:

 Articulador de charneira (ou bisagra simples): são instrumentos que reproduzem exclusivamente o movimento de abertura e fechamento. São os instrumentos mais simples, no entanto obrigam o profissional a uma série infindável de ajustes, quando da prova das próteses no paciente. A aparente simplicidade inicial se traduz em complexidade posterior.

 Articulador arbitrário (ou de valor médio): são instrumentos em que a articulação dos ramos com o corpo é feita por meio de um dispositivo que representa a articulação temporomandibular (denominado de guia condilar). Esses instrumentos permitem, além do movimento de abertura e fechamento, movimentos de lateralidade e propulsão; sendo que os movimentos excêntricos se efetuam segundo inclinações pré-fixadas pelo fabricante. Geralmente, esses instrumentos têm suas guias condilares pré-fixadas em 33º, (para a trajetória sagital do côndilo) e ângulo de Bennett, fixado em 15º.

 Articuladores ajustáveis (semi ou totalmente ajustáveis): são instrumentos em que podemos regular (ou ajustar) as relações maxilo-mandibulares, individuais, do paciente. Esses instrumentos permitem, em grau maior ou menor, a regulagem da: inclinação do plano oclusal; distância intercondilar; inclinação da guia condilar (trajetória sagital do côndilo); ângulo e movimento de Bennett; ângulo de Fischer; trajetória do ponto incisal (através do pino guia incisal) e alterações na DVO.

Montagem em articulador
Cada instrumento apresenta características específicas que dependem do número de registros disponíveis e acessórios incorporados, tanto ao articulador propriamente dito, quanto ao arco facial. Entretanto, a maioria dos articuladores em uso atualmente, segue a teoria de eixo terminal de rotação, os que fazem com que as técnicas de montagem sejam muito semelhantes entre si.
O instrumento mais difundido corresponde ao articulador WHIP-MIX. É um articulador semi-ajustavel, tipo arcon, com distância inter-condilar regulável em três posições (pequena média e grande); apresentam guias condilares ajustáveis (entre 0º e 60º quanto à trajetória sagital do côndilo e entre 0º e 25º quanto ao ângulo de Bennett), pino guia incisal graduado milimetricamente e plataforma incisal fixa (há uma plataforma incisal regulável, acessória). Outro instrumento é o articulador projetado por TAMAKI; o chamado articulador TT. É um articulador totalmente ajustável, com características que o tornam extremamente útil no planejamento, montagem e ajuste oclusal de prótese totais.

Descrição da seqüência de montagem
 Montagem do modelo da maxila:
Com a base de prova superior com rolete de cera já montado, adapta-se a forquilha do arco facial ao rolete, utilizando cera fundida. Dessa forma, a forquilha fica solidária ao rolete e à base de prova. Leva-se o conjunto à boca do paciente. Com auxílio da base de prova inferior, com o rolete já adaptado, solicita-se ao paciente que mantenha o conjunto em posição com a força de sua mordida.
Adapta-se o arco facial à haste da forquilha, levando as "olivas" ao pavilhão auditivo do paciente. Solicita-se, ao paciente que apoie o arco facial com as mãos, enquanto adaptamos o dispositivo de localização do násium.
Leva-se o conjunto ao articulador, adaptando as olivas do arco facial aos pinos próprios do articulador. O ramo superior do articulador repousa sobre a parte superior do arco facial. No caso de instrumentos cuja distância inter-condilar é regulável, verifica-se, no próprio arco facial essa distância e ajusta-se o articulador. Acrescenta-se gesso entre a placa de montagem e o modelo, tomando o cuidado de utilizar pequena quantidade de gesso. Aguarda-se a presa do gesso antes de passar para a fase seguinte.
Outro método é o “Split-Cast” neste faz-se o isolamento na superfície da base do modelo de trabalho previamente a aplicação do gesso isto possibilitará que futuramente este possa ser removido do articulador sem prejuízo da posição determinada com o arco facial.
 Montagem do modelo da mandíbula:
Fixado o modelo da maxila, removem-se o arco facial e a base de prova, do articulador. Voltando ao paciente, tomamos os registros prévios: curva individual de compensação; DVO; RC e linhas de referência. Fixadas as bases de prova entre si, na posição de RC, removemos o conjunto da boca e leva-se ao articulador. Adaptada a base de prova superior ao modelo da maxila (já montado), adaptamos o modelo da mandíbula à base de prova mandibular. Com o pino guia incisal fixado em zero (posição de montagem), fecha-se o ramo inferior do articulador. Acrescenta-se gesso entre o modelo mandibular e a placa de montagem. Aguarda-se a presa do gesso. Após a presa final do gesso, os elementos de fixação podem ser removidos e, se necessário for, os modelos podem ser reforçados com nova porção de gesso.

3- Regulagem do articulador:
A regulagem do instrumento é executada acompanhando as curvas individuais de compensação, registradas nos planos de cera (desgaste de Paterson). A posição de montagem corresponde à posição de RC (obtida pelo método de Gysi). A regulagem das posições excêntricas será executada acompanhando o registro do "arco gótico” presente na plataforma inscritora montados os modelos, faz-se à seleção e montagem dos dentes artificiais.

BASES DE PROVA E PLANO DE ORIENTAÇÃO ( PRÓTESE TOTAL)

Necessitam equipamento específico (sistema de aquecimento e vácuo). A base de prova, independentemente do material e técnica de confecção, tem como sua principal finalidade: permitir o registro das Relações maxilo-mandibulares, na boca do paciente e transferir esses registros para um instrumento de laboratório. As relações maxilo-mandibulares de interesse protético compõem os:

Registros prévios à confecção de prótese total mucosuportadas
 Dimensão vertical.
 Planos de orientação.
 Relação Central.

A determinação da Dimensão Vertical prende-se à localização da posição natural da mandíbula em relação à maxila e segundo um plano vertical da face.
Planos de orientação é o conjunto formado pelas bases de prova e roletes de cera, que irão receber os registros prévios à confecção da prótese.

A Relação Central trata da localização da mandíbula em relação à maxila, nos planos anteroposteriores e latero-lateral.
Por esses conceitos verifica-se a necessidade de se localizar a mandíbula em relação à maxila, segundo os três eixos ou planos do espaço.

Dimensão vertical
Denominamos Dimensão Vertical ao espaço inter-maxilar, em um indivíduo, para determinada posição da mandíbula, segundo o plano vertical. Conclui-se que há tantas dimensões verticais quanto às posições que mandíbula ocupa, em relação à maxila, segundo um plano vertical. Partindo do princípio que estamos construindo uma prótese total, portanto na ausência de dentes naturais, ira-se determinar, dentro da variação ampla existente no espaço inter-maxilar, quanto desse espaço será ocupado pelos dentes artificiais e base da prótese.

Relações Intermaxilar
Será necessário determinar em que ponto (ou em que Dimensão Vertical) deverá haver o contato dos dentes artificiais; onde vamos limitar o fechamento. Como não se tem um padrão que englobe todos os indivíduos, mesmo por que as variações são amplas, lançam-se a mão de medidas de posições de equilíbrio muscular onde não haja variações em um mesmo indivíduo embora, variem de indivíduo para indivíduo. Assim sendo, baseados na Fisiologia, sabemos que existe um estado (uma posição) em que os músculos elevadores e abaixadores da mandíbula se encontram em equilíbrio. Quando nessa situação diz-se que os músculos estão em "tônus". Quando os músculos elevadores e abaixadores da mandíbula encontram-se relaxados e em equilíbrio, diz-se que estão em relação de tônus muscular. Essa é uma situação fisiológica, que confere uma localização definida para a mandíbula, para uma determinada posição da cabeça. O tônus muscular manteria a mandíbula em equilíbrio, em uma determinada posição em relação à maxila, posição essa de mínimo esforço muscular, em que a contração dos músculos elevadores compensa a contração dos músculos abaixadores e o peso da mandíbula. A essa posição denominamos posição de repouso da mandíbula. À medida dessa posição em relação à maxila chamamos de dimensão vertical de repouso. À situação neuro-muscular dos músculos mastigadores denominam as condições posturais da mandíbula.

De posse dos modelos e das bases de prova, corretamente adaptadas, lançam-se mãos de um recurso técnico, para transferir as relações maxilo-mandibulares do paciente, para um articulador.
Para tal utilizam-se arcos em cera, montados sobre as bases de prova, que irão figurar os futuros arcos dentais da prótese. A esses arcos em cera damos o nome de planos de orientação uma vez que será através deles que podemos visualizar o comportamento estético e funcional da prótese e neles serão registrado a DVO e a RC do paciente. São constituídos pelo conjunto da base de prova e um arco (rolete) de cera. Destina-se a registrar os dados referentes às relações maxilo-mandibulares, necessários a confecção das próteses totais mucosuportadas:
 Dimensão vertical de oclusão;
 Forma do arco dental;
 Limite vestibular do arco dental - linhas de referência;
 Curva de compensação Antero-posterior e vestíbulo-lingual;
 Relação Central.
Material necessário (confecção do rolete de cera)
 Três lâminas de cera rosa n° 7.
 Espátula Le Cron
 Espátula para cera n° 31
 Lâmpada de Hannau ou similar
 Vaselina sólida

Passo a passo:
Plastificação de uma lâmina de cera sobre a chama/ dobrar a lâmina em "sanfona" / obtenção de um rolete de cera plástica / dobrar o rolete ao meio para aumentar a espessura e diminuir o comprimento / adaptação do rolete sobre a região do rebordo, na chapa de prova, dando a forma aproximada de um arco dental / fixação do rolete à chapa de prova por meio de cera fundida / ajuste do rolete, na sua porção oclusal, anterior e posterior, esboçando uma curva ântero-posterior (curva de SPEE).
Ajuste do plano de cera:
Confecção o plano de cera e levado a boca do paciente.

Plano horizontal
Orientam-se pelo plano de CAMPER, a altura do arco, na região anterior, deve exceder o tubérculo do lábio em 2 mm. Por posterior, dá-se uma inclinação arbitrária orientando a curva Antero-posterior em direção ao conduto auditivo do paciente. Obteremos uma curva totalmente arbitraria cuja única função será facilitar os desgastes posteriores.

Paredes vestibular e palatina
Recortada e alisada com espátula procuram-se a melhor estética possível; levantamento de rugas ou sulcos, levantamento do lábio e reconstituição do perfil estético do paciente.

Plano de cera mandibular
O ajuste do plano de cera mandibular será feito em concordância com o plano maxilar. Procura-se um contato constante em toda a extensão, entre ambos planos de cera.
Linhas de referência:
Linha alta do sorriso:
Linha horizontal correspondendo ao ponto mais alto, atingido pelo lábiosuperior, quando o paciente sorri. Essa linha corresponde à altura do incisivo central superior.
Linha mediana - linha vertical:
Que corresponde à linha mediana da face do paciente. Essa linha define as faces mesiais dos incisivos central superiores.
Linha do canino - linha vertical:
Correspondendo à comissura labial do lábio em repouso. Essa linha determina a posição das faces distais dos caninos superiores.
As linhas de referência ou linhas de orientação: auxiliam na escolha e disposição dos dentes artificiais anteriores, superiores. Obtidos os registros prévios, o conjunto será removido da boca e passaremos às fases laboratoriais da confecção das próteses. Para tanto se utiliza um importante instrumento auxiliar: o articulador.

MOLDAGEM FUNCIONAL E MODELO DE TRABALHO PARA PRÓTESE TOTAL

Aprovado nos testes, o molde estará pronto para a confecção do modelo funcional, ou modelo de trabalho ou modelo definitivo. Um molde, para ser considerada moldagem funcional, deve apresentar alguns requisitos, quais sejam:

 Deve estender-se por toda a superfície aproveitável do maxilar ou da mandíbula.
 Não deve comprimir zonas glandulares ou de emergência de vasos e nervos.
 O molde obtido deve apresentar recorte muscular de modo a evitar interferências durante os movimentos naturais da musculatura.
 Deve apresentar adaptação periférica, que resultará no "selamento periférico”.
 Imprescindível para a retenção do aparelho.

De posse dos moldes, tanto maxilar como mandibular, nossa preocupação será obter, no menor espaço de tempo possível, os modelos em gesso. Uma vez que será sobre esses modelos que iremos construir a prótese, devemos utilizar gessos especiais, de alta dureza e mínima, ou nenhuma, alteração dimensional.

Os gessos para tal finalidade são denominados de gessos "pedra” Obtida a partir de um molde “funcional”, deverá conter toas às características e acidentes anatômicos que serão reproduzidas pela dentadura. Da fidelidade do modelo funcional, depende o sucesso ou insucesso de nosso trabalho. A técnica de obtenção dos modelos é mesma descrita para a obtenção do "modelo de estudo" apenas relembrando que o gesso a ser utilizado será o gesso pedra. O modelo obtido será designado, por força de sua função: modelo de trabalho ou segundo modelo ou modelo definitivo, dando-se preferência à primeira denominação.

O modelo vazado deve ser deixado em repouso até a completa cristalização do gesso e evaporação da água. Dessa forma sua superfície atingirá a máxima dureza e consistência necessária à continuação dos trabalhos de laboratório.

Bases de prova:
A base de prova (chapa de prova) é a base provisória de uma dentadura, preparada sobre o modelo de trabalho, com material adequado e que permite a realização de todas as operações prévias para a confecção de uma prótese total, sem se deformar ou romper moldeiras individuais em resina acrílica.
Para maior facilidade de trabalho e maior rapidez, poderemos nos utilizar de resina acrílica quimicamente ativada, que é prensada (em muflo ou não) durante 15 minutos.

Resina acrílica adaptada
Seguem-se os mesmos passos da confecção da moldeira individual. É muito utilizada pela facilidade de construção e por não correr risco de danificar o modelo. Quando são necessários alívios, estes podem ser feitos com cera e protegem o modelo.

Materiais termoplásticos
Sob esse título englobamos as "placas de polietileno" que vieram substituir a placa base convencional. Trata-se de placas plásticas, termoplásticas, de espessura fina ou média, transparentes ou leitosas, que são adaptadas a vácuo, sobre o modelo. Seu uso tem se tornado corriqueiro, pela facilidade e rapidez de confecção.

MOLDEIRA INDIVIDUAL PARA PROTESE TOTAL

A moldeira individual é a reprodução precisa de toda a zona chapeável dos maxilares, em três dimensões: comprimento, largura e altura. Devido à variedade de tamanhos e formas dos rebordos desdentados, bem como as várias anomalias encontradas, é imprescindível o uso de moldeiras especialmente construídas e adaptadas para cada caso. A moldeira individual será construída sobre o modelo de estudo obtido a partir da primeira moldagem.

Limites das moldeiras individuais:
Os limites das moldeiras individuais são regidos pelas noções de área chapeável, tanto para a maxila, como para a mandíbula. Deve-se tomar especial cuidado quando do desenho das moldeiras: respeitar as bridas e inserções musculares a fim de que não haja interferências que causariam a compressão e conseqüente deformação dos tecidos. É importante que as bordas da moldeira estendam-se até o limite do fundo de saco gêngivo-labial e geniano, recobrindo dessa maneira, toda a área passível de fornecer retenção e suporte para a prótese.

Objetivo:
Consiste em reproduzir com a maior exatidão possível, a parte da boca que suportará a dentadura e para que essa reprodução seja fiel, é necessário que o material de moldagem, desenvolva sobre a parte a ser moldada, a mesma pressão que desenvolverá a dentadura.
A moldeira de estoque não obtém os resultados desejados, uma vez que não tem espessura uniforme do material de moldagem. Este fato acarretaria pressões diferentes pelas diferentes possibilidades de escoamento. Daí a necessidade da confecção de moldeiras individuais que, sendo uma cópia bastante fiel de toda a área chapeável, nos garante espessura e, portanto, pressão uniforme do material de moldagem sobre os tecidos.

Confecção e ajuste das moldeiras individuais
Há vários métodos e materiais para a construção de moldeiras individuais, desde a adaptação de moldeiras de estoque metálicas, que serão recortadas e brunidas sobre o modelo, (método difícil e anti-econômico, hoje abandonado), moldeiras em placa-base godiva), até as moldeiras em resina acrílica, que são as mais utilizadas.

Passo a passo
 Manipula-se a RAAQ que será adaptada, sobre o modelo previamente isolado. A vantagem principal está relacionada ao pouco tempo despendido no processo e no fato de não correr o risco de danificar o modelo. Entretanto as alterações dimensionais são inevitáveis, uma vez que é muito difícil obter espessura uniforme e manter pressão durante a fase de polimerização da resina.
 Outra técnica é a de manipular-se a resina acrílica e no momento em que esta atingir a fase plástica faz-se a prensagem entre duas placas de vidro devidamente isoladas (isolante para resina) controlando-se a espessura do material para que fique com cerca de 3 mm, a seguir esta é adaptados sobre o modelo e recortados os seus excessos. A maior vantagem desta técnica é a de conseguir uma uniformidade na espessura da moldeira.
 Moldeiras individuais confeccionadas em resina acrílica prensada: as moldeiras individuais em resina acrílica são fáceis de serem confeccionadas, tem rigidez satisfatória, sofrem menores alterações dimensionais e quando necessitam de ajustes são de fácil desgaste.
 Em comparação com a placa-base, as moldeiras em resina têm a desvantagem de necessitar mais tempo para sua confecção; porém, os resultados obtidos compensam muito, essa desvantagem.

Placa-base
São confeccionadas adaptando uma lâmina dupla de cera rosa n° 7 sobre o modelo de estudo e recortando no limite da área chapeável. Na região anterior, junto à crista do rebordo, construir um pequeno cabo para facilitar o manuseio da moldeira (há autores que aconselham a construção de três pontos de apoio, para facilitar o equilíbrio da pressão de moldagem).
Em seguida será incluído em muflo o conjunto modelo/moldeira em cera. Após a presa do gesso, abre-se o muflo (procedendo-se a um aquecimento prévio em "banho-maria" para plastificar a cera) e remove-se a cera plastificada. Após a remoção de toda a cera, o modelo será isolado utilizando-se um isolante à base de alginato, tanto na face interna como externa (molde e contramolde).
A resina acrílica é homogeneizada em recipiente apropriado e quando na fase plástica, condensada no muflo. Prensa-se, abre-se a mufla e recortam-se os excessos de resina. Nova prensagem e leva-se ao polimerizador (vide fases de laboratório). Recomenda-se o uso de resina incolor como veremos adiante. Após a polimerização: abertura e desinclusão da moldeira; recortam-se os excessos com pedras montadas para resina e leva-se para polimento.
O processo será idêntico em suas fases principais, se utilizarmos resina acrílica ativada quimicamente (RAAQ). Após a inclusão e prensagem da resina, não haverá necessidade de polimerização térmica. Simplesmente aguarda-se a polimerização química para a desmuflagem da moldeira.
Ajuste das moldeiras individuais:
A moldeira individual tem a finalidade de levar o material de moldagem em contato íntimo com a fibromucosa, em toda a sua extensão. Por esse fato, a moldeira individual recobre, apenas, aquelas áreas que foram eleitas como a base da dentadura. Ela deve ser planejada e desenhada levando em consideração todos os fatores necessários para a retenção e estabilidade da prótese total. As suas bordas devem confeccionadas tomando o cuidado de contornar as inserções musculares, freios e bridas. O comprimento deve ser compatível com a tolerância normal do paciente. Porém, sua delimitação foi feita em laboratório e é possível que, em determinadas situações de dinâmica, haja interferências tanto musculares como de tecidos moldes.
Deve-se levá-la à boca do paciente para, em dinâmica muscular, executar ajustes onde forem necessários. Daí, a grande vantagem das moldeiras individuais em resina acrílica incolor, que nos permitem visualizar os tecidos, por transparência e verificar possíveis áreas de compressão ou distensão, mesmo quando essas áreas encontram-se recobertas pela própria moldeira. Retenção e estabilidade: embora não possamos esperar uma retenção absoluta da moldeira individual, este fator, por si só, já é uma indicação do grau de adaptação da moldeira aos tecidos. Quanto à estabilidade, será uma indicação de que não existem zonas de compressão, notadamente ao nível dos rebordos alveolares. (Quando a moldeira for construída em resina acrílica incolor, podemos verificar zonas de compressão por visualização direta através da resina).
Delimitação posterior: verificamos se o comprimento da moldeira é suficiente ou se há sobreextensão em tecido mole que não deve ser recoberto. Delimitação das bordas e contorno: é a região onde há maior necessidade de ajuste das moldeiras individuais:

Passo a passo:
Mantendo a moldeira em posição, pede-se ao paciente que execute movimentos. Vamos verificar se não há interferência das bordas com os freios (labial e lingual); tecidos para-protéticos e músculos. Procura-se, obter um estado de equilíbrio em que não haja interferência dos tecidos para-protéticos com a moldeira, em nenhum estado de dinâmica muscular.
Os ajustes são feitos com o auxílio de pedra montada para resina, desgastando as áreas ou pontos de interferência. No caso das moldeiras em placa-base usamos discos de lixa ou brocas para vulcanite, tomando o cuidado de obter uma borda arredondada e lisa. É necessário lembrar que os ajustes devem ser feitos por remoção de material; sendo a adição de material difícil e geralmente, de conseqüências imprevisíveis quanto ao resultado final. Por essa razão recomenda-se o máximo cuidado na delimitação e confecção das moldeiras individuais.
Após os ajustes e estando a moldeira em condições, devem-se verificar as bordas, repoli-lo se necessário. Então passasse para o próximo degrau da confecção das próteses totais, que é a moldagem funcional ou segunda moldagem ou moldagem definitiva.

CONFECÇÃO DOS MODELOS PARA PROTÉSE TOTAL

Divisão dos modelos:
Dividir os modelos em dois grandes grupos, segundo a sua finalidade e suas características:

 Modelos anatômicos: são os modelos obtidos através da moldagem anatômica ou primeira moldagem. Oferecem a cópia primeira, em aspecto panorâmico, das regiões que podem interessar à confecção da dentadura. Este modelo deverá conter áreas além do limite necessário à confecção da prótese, baseado em sua arquitetura, que delimitaremos a área chapeável tanto na maxila como na mandíbula.

 Modelos funcionais: são os modelos obtidos através da moldagem funcional ou moldagem definitiva. Fornecerão a cópia fiel das estruturas de suporte e tecidos para os protéticos. Este modelo reproduzirá apenas as áreas que serão recobertas pela base da dentadura. É sobre este modelo que irá prensar e polimerizar a base da dentadura, por isso conhecido como modelo de trabalho.
Confecção dos modelos

Como os modelos anatômicos não serão sujeitos a grandes esforços e, portanto, não necessitam grande resistência, poderão ser confeccionados em gesso comum (gesso Paris). Por outro lado os modelos funcionais, que serão a base da dentadura, devem ser confeccionados em gesso duro, hidrocal (gesso pedra), para obtermos o máximo de resistência, com um mínimo de alteração.

Material necessário:
 Molde
 Gesso e balança para gesso
 Medidor de água
 Tigela de borracha
 Espátula para gesso
 Faca para gesso
 vibrador

Passo a passo:
A água é adicionada ao gesso, em uma proporção aproximada de 2/1 (essa proporção varia com as características do gesso e para os gessos de boa qualidade, é sempre indicada pelo fabricante). Espatula-se vigorosamente durante cerca de um minuto. Leva-se a tigela ao vibrador para eliminação de bolhas de ar incorporadas à mistura durante a espatulação. Após a espatulação leva-se o gesso ao centro do molde; com auxílio de uma espátula, verte-se em pequenas porções, vibrando o molde (em vibrador). Pela vibração o gesso flui, cobrindo toda a face interna do molde, enquanto o ar é expulso. Adiciona-se paulatinamente, maior quantidade de gesso, tomando o cuidado de não incluir bolhas de ar que diminuirão a resistência do modelo obtido.

Estando o molde totalmente preenchido, coloca-se o excesso de gesso da tigela sobre o modelo a fim de aumentar a espessura do corpo do modelo. Não emborque o modelo vazado – haverá desadaptação interna do gesso à moldagem. Com o auxílio da espátula metálica aproxima-se o gesso das bordas do molde, a fim de proteger essas bordas e dar resistência ao conjunto. Quando do início da presa do gesso, ainda plástico, retiram-se os excessos com a espátula Outro processo consiste em se revestir molde e moldeira com uma lâmina de cera, conformando uma caixa, que irá receber o gesso. Não haverá necessidade de remoção de excessos e o trabalho será mais limpo. É importante preservarmos as bordas do molde, pois elas nos fornecerão a zona de selamento periférico. Deverá haver sempre um excesso na largura do modelo, para que possamos visualizar, perfeitamente, a zona do selamento periférico. Aguarda-se a presa do gesso (aproximadamente 30 minutos) e separa-se molde/modelo. Quando o molde foi obtido com godiva, a separação é feita por imersão do conjunto em água quente. Não devemos usar água em ebulição, para evitar que a godiva fique super-plastificada e adira ao modelo. Usamos água à temperatura de plastificação da godiva ou pouco mais fria. Assim que a godiva plastificar, por tração suave, separamos o molde do modelo de gesso. Se o material de moldagem foi alginato, é conveniente aguardar a presa do gesso com o conjunto molde/modelo vazado, dentro de uma cuba umidificadora. A separação deve ser feita por tração, em um movimento único, sem necessidade de outros cuidados. O modelo é deixado em repouso até a completa evaporação da água, para que sua superfície atinja a dureza e consistências necessárias à continuação dos trabalhos de laboratório.

MOLDAGEM EM PRÓTESE TOTAL

 Molde é a reprodução em negativo da parte da boca do paciente que foi moldada. c
 Moldeira é um recipiente de que nos utiliza-se, para levar o material de moldagem aos tecidos bucais e aos dentes e mantê-lo ali, contra eles, até que o material endureça.
 Modelo é a réplica da parte da boca do paciente oriunda do preenchimento do molde.

Definição
Entende-se por moldagem, o passo da técnica de confecção de dentaduras que visa copiar, reproduzir, as arcadas alveolares e estruturas afins, com o fito de obter um modelo que será a cópia fiel dessas arcadas e sobre o qual construira a base do aparelho protético.

A finalidade é obter um modelo que permita:
 Delimitação correta da área chapeável
 Saber da necessidade de cirurgia pré-protética
 Confecção da moldeira individual.

Objetivos:
 Suporte, Retenção, Estabilidade, Estética.

Preservação do rebordo residual:
 Pressão na moldagem
 Pressão das bases das próteses
 Trauma aos tecidos e reabsorção óssea.

Requisitos dos materiais de moldagem:
 Grau de plasticidade
 Alteração dimensional
 Resistência à fratura
 Inocuidade aos tecidos bucais
 Aquece a moldeira (banho);
 Carrega a moldeira;
 Introdução da moldeira;
 Centralização;
 Compressão e movimento dos músculos;
 Remoção;
 Exame do molde;
 Teste de retenção, estabilidade e suporte.

ASPECTOS CLÍNICOS RELEVANTES PARA AS PRÓTESES TOTAIS

O Diagnóstico bem estabelecido tem estreita relação com a utilização da prótese, pois representa a avaliação científica das condições existentes.

O Diagnóstico bucal é a síntese que se obtém do exame de um indivíduo (interrogatório, exame clínico, radiográfico, estudo dos modelos) em relação a seu estado de saúde buco-dental.

O Diagnóstico Protético é a síntese que se obtém do estudo das características do caso com a ajuda dos elementos que fortalecem o diagnóstico bucal agora, do ponto de vista protético. Dessa forma, com todos os dados obtidos pode-se estabelecer o prognóstico, que é o efeito de prever aquilo que pretendemos executar e, com confiança, relatarmos ao paciente as suposições do que é possível acontecer.

O exame da boca reveste-se de grande importância ao levar em consideração que dele pode-se partir como base de diagnóstico e o que é mais importante, para o prognóstico do caso. Podemos dividir o exame propriamente dito em:
 Visual
 Táctil
 Radiográfico
 Dos modelos de estudo

As diversas fases do exame se completam: assim é que se visualizam certas estruturas, palpam-se os tecidos, radiografa as partes ósseas e por fim, compõe nos modelos, a realização prática do caso.

Anamnese: passado médico odontológico/Estados mórbidos.
A anamnese consiste no levantamento médico/odontológico do paciente. O conhecimento do perfil psíquico do paciente e a sua motivação e de fundamental importância para que haja cooperação. As diversas motivações podem ser:
 Familiares e amigos;
 Estética;
 Dor;
 Saúde; etc.
Falhas das Proteses Totais
 Comprometimento psíquico;
 Estudo prévio insuficiente e/ou mau preparo da boca;
 Pouco cuidado na tomada das impressões;
 Falha no estabelecimento da OC.;
 Pressões desequilibradas quando da tomada dos registros;
 Falha na delimitação das bordas;
 Nível oclusal incorreto;
 Estética pobre;
 Falhas no ajuste oclusal e desgastes. ROWE, A.T. (1935)

Aspectos Biomecânicos das Próteses Totais:
 Adesão: a adesão depende do contato intimo entre as superfícies da fibromucosa e da base da dentadura. A adesão é proporcional às superfícies de contato quanto maior for à área de contato maior será a adesão.
 Pressão: atmosférica: pressão é força atuando sobre superfície. Quanto maior a superfície, mais efetiva a ação da pressão atmosférica sobre a dentadura.
 Suporte: representado pelas estruturas sobre as quais se assenta o aparelho protético. Essas estruturas receberão os esforços decorrentes da mastigação.
 Selamento: periférico: representado pela adaptação das bordas da dentadura aos tecidos moles e de suporte.

Área chapeável da maxila
Denominam-se área chapeável ou área basal, aquelas áreas da mandíbula e da maxila que serão recobertas pela base da dentadura. Limites gerais da área chapeável da maxila são:
 Rebordo alveolar em toda a sua extensão;
 Paredes vestibulares do rebordo alveolar até o sulco gêngivo-labial e geniano;
 Abóbada palatina em toda a sua extensão até sua borda posterior, limite palato duro/palato mole;
 Contorno das inserções musculares e bridas vestibulares

A HISTÓRIA DA PRÓTESE DENTÁRIA

A preocupação estética está bem patente ao longo da história da prótese. Já no final do séc. IV e V a.C., artesãos e ourives Fenícios quando confeccionavam próteses removíveis combinavam os dentes naturais com os esculpidos em marfim e retidos com fios de ouro. Também no Egipto (3100- 2181 a.C.), seguiram a mesma técnica utilizando anéis em ouro fixados aos dentes adjacentes à zona edêntula.

A prótese dentária atinge um nível bem superior com os etruscos, século VI aC. Sendo ourives desenvolveram técnicas de valor. Eles usaram aros soldados para solidarizar grupos de dentes, criando assim, um esteio para os dentes postiços. A liga empregada era de ouro quase puro, fundido em lâminas espessas e resistentes.

Os egípcios também realizavam próteses e estas procuravam substituir o membro que falhava utilizando um dispositivo protético conectando os dentes com fio de ouro.
Os romanos permitiam o enterramento de ouro, só se ele estivesse nos dentes. Marcial relata sobre uma dama que, à noite, removia seus dentes (de osso e de marfim). Acredita-se que as próteses eram executadas pelos ourives, mas seus trabalhos não foram descritos nos tratados médicos por razões sociais. Os Romanos usaram próteses removíveis, mas havia também a prótese parcial fixa.

Os Maias chegaram aproximadamente há 15.000 anos provenientes da Ásia. A história teve início por volta de 2.500 a.C. Os Maias possuíam um saber matemático bastante desenvolvido, na arquitetura e conhecimento excelente do tempo. Sua arte da lapidação também foi notável, porém seus us trabalhos habilidosos com os dentes tinham finalidades estritamente rituais ou religiosas. Os Maias sabiam incrustar com habilidade pedras em cavidades cuidadosamente preparadas nos incisivos superiores, inferiores e nos primeiros molares.

Uma mulher encontrou um fragmento de mandíbula de origem Maia, que datava do ano 600 d.C. observou que três incisivos inferiores perdidos. Comprovou a formação de osso compacto em torno de dois implantes, osso radiograficamente similar ao que envolveria um implante de lâmina atual. Em conseqüência, estes são os dois implantes endosteais (dentro do osso) aloplásticos mais antigos já descobertos.
Os Japoneses, século VIII, as primeiras próteses de madeira tenham sido
confeccionadas nesta época. Os aspectos técnicos da manufatura de próteses já se achavam aperfeiçoados em começos do período. Os japoneses construíam próteses completas, superiores e inferiores, sustentadas simplesmente pela aderência e pressão atmosférica. O fato de estas dentaduras terem sido confeccionadas de madeira é também muito interessante. Foram encontradas mais de 120 dentaduras completas de madeira, que datam de princípios do século XVI, até meados do século XIX.

As próteses japonesas antigas eram talhadas de um único bloco de madeira, normalmente de árvores de aroma doce como o bluxo, a cerejeira, ou o damasqueiro. Era confeccionado um molde do maxilar desdentado com cera de abelha, e com base neste molde talhava-se um modelo, geralmente de madeira. Em seguida, talhava-se a dentadura, seguindo aproximadamente este modelo. Depois, o interior da boca do paciente era pintado com um pigmento vermelho, ou com tinta nanquim, e com base na impressão dos pontos salientes, a dentadura ia sendo trabalhada, ajustando-a a parte interior da boca. ( Este procedimento não difere muito do método ocidental, em época mais recente, de modelar e ajustar na boca dentaduras com base de marfim ). A base se estendia até a prega muco bucal, para que aumentado o poder de retenção, e eram gravadas na superfície da dentadura as arestas irregulares do palato duro.
Os dentes artificiais eram confeccionados com lascas de mármore ou osso de animais talhados sob medida, e algumas vezes também eram utilizados dentes humanos naturais. Em lugar das molas posteriores, pregavam na base de madeira cravos de cobre e ferro, visando aumentara eficácia da mastigação. Se os clientes assim o exigissem, os dentes e suas bordas eram pintados de negro, para indicar a condição matrimonial da mulher que iria utilizar a dentadura; finalmente, a prótese era inteiramente recoberta laca, para torná-la resistente à ação da saliva.

A prótese dentária superior japonesa mais antiga que se conhece pertenceu a uma sacerdotisa budista, Nakaoka Tei, conhecida familiarmente como Hotoke-hime, ou Dama do Buda que fundou o templo de Ganjo-ji em Wakayama, por volta de 1500.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Glossário Odontologia

Ajuste oclusal: Tratamento da oclusal, visando eliminar interferências maléficas à saúde da articulação dentária, do sistema ósseo-gengival de suporte, e do sistema neuro-muscular.
ASA (Articulador Semi Ajustável): Equipamento clínico-laboratorial sobre o qual são transferidas as relações maxilo-mandibulares em modelos de gesso de um paciente para estudo e/ou execução e provas de trabalhos protéticos nas diversas fases de um tratamento odontológico.
Calcinável: Propriedade dos materiais e/ou dispositivos odontológicos laboratoriais pré-fabricados para confecção de prótese(s) sobre implante(s) passíveis de conversão metálica por técnicas de fundição.
Carga imediata: Carga imediata sobre implantes.
Cirurgia Guiada: Esta técnica é ideal para pacientes com estrutura óssea abundante em altura e/ou espessura, quando se almeja realizar os passos cirúrgicos minimamente invasivos para instalação dos implantes. Com esse "estudo" prévio, é possível confeccionar-se, por meio de uma impressora 3D, uma guia cirúrgica de grande precisão.
Clareamento Químico: Realizado a partir da utilização de produtos com grande capacidade de liberação de oxigênio, em formulações à base de gel, aplicados em moldeiras individuais confeccionadas pelo dentista, limitando-se às superfícies a serem clareadas, minimizando os efeitos do produto às regiões adjacentes (USO EXTERNO). Este tratamento exige posteriormente a substituição das restaurações estéticas, uma vez que os materiais nelas utilizados não sofrem alteração de cor por ação do agente clareador. Necessita manutenção posterior, conforme a tendência ao escurecimento e hábitos como fumar ou ingerir freqüentemente alimentos ou líquidos pigmentados. Também pode ser realizado para clarear dentes despolpados (com canal tratado ou escurecidos pela morte do tecido pulpar).
Coroa Metalo Cerâmica:Prótese unitária com base metálica (coping) revestida com cerâmica (porcelana dental).
Coroas telescópicas: Sistema especial de suporte e retenção para próteses removíveis, a partir de fresagem sobre ligas de metais nobres, conservando um princípio de paralelismo entre os elementos, para facilitar a inserção da parte removível. O sistema confere estabilidade através de retenção friccional, facilidade de higienização e em consequência disso, conforto ao paciente. Apresenta a configuração (Design) de prótese fixa sobre a região das coroas. Admite elementos adicionais de retenção: pinos ativados (Coroas Telescópicas com pinos ativados).
Diastema: Espaços existentes entre dentes.
Edêntulo(a): O mesmo que desdentado(a). Vem de "edentulismo", que significa ausência completa dos dentes.
Extrusão Dental: Movimento de deslocamento do dente no alvéolo ósseo no sentido raiz-coroa. Na extrusão lenta o nível ósseo acompanha o deslocamento da raiz, sendo isto desejado para dentes íntegros e também quando se intenciona nivelar o osso para a realização de implante em área de futura extração. Na extrusão rápida o nível ósseo circundante não acompanha o deslocamento da raiz, sendo isto desejado quando se intenciona trazer para "fora do osso" áreas de fratura "submersas" (infra-ósseas), para que se estabeleçam as condições biológicas ideais para a realização de preparações protéticas sobre raízes naturais.
Facetas direta em resina composta: Recobrimento estético direto (feito no consultório) com resinas sobre a face externa dos dentes, podendo ser realizado em uma única sessão.
Fibrotomia: Manobra cirúrgica realizada para facilitar mobilidade vertical de raízes durante extração. Procedimento realizado com bisturi (lâmina 15 C) para rompimento das fibras colágenas transeptais e gengivais.
Fio dental 3 em 1: Concepção de fio dental em três segmentos: com uma porção "rígida" (facilita a inserção sob prõteses fixas); outra porção "esponjada" (facilita higienização de espaços amplos sob próteses fixas) e por último uma porção convencional lisa para se utilizar entre dentes naturais. Apresentação em caixinha com 50 unidades, em média.
Frenectomia,Frenulotomia ou Frenotomia: Cirurgia para remoção do freio labial. Cirurgia para remoção do freio lingual. Tratamento da "Língua Presa".
In-Ceram: Bases cerâmicas, íntimas às preparações dos dentes, sobre as quais se aplica cerâmica dental, substituindo o uso de metal. Pode ser utilizado para próteses unitárias ou em pontes fixas pouco extensas, a critério do profissional. Situam-se no conceito "Metal-Free".
Inlay: Prótese estética confeccionada em resina especial, ou em cerâmica, cuja dimensão não ultrapassa regiões de cúspides (pontas dos dentes). São "conteúdo", em geral substituindo restaurações pouco extensas em amálgama, ou mesmo em substituição às resinas antigas de primeira geração.
Intrusão Dental: Movimento de deslocamento do dente no alvéolo ósseo no sentido coroa- raiz. Normalmente requerido quando se pretende nivelar uma coroa dentária às adjacentes, ou mesmo quando se pretende posicionar melhor os dentes extruídos, favorecendo o nivelamento da reabilitação do arco antagonista.
Laminados ou facetas em porcelana: São elementos confeccionados em cerâmica dental para revestir a superfície externa dos dentes, a partir da redução (desgaste) superficial desses elementos dentários. Estão indicadas em casos de escurecimentos severos; em dentes extensamente restaurados; soluções "ortodônticas" onde existem limitações para o tratamento ortodôntico; recomposição anatômica de um ou mais elementos. Vantagens: Grande resistência ao desgaste, estética e estabilidade de cor. Obs.: Os laminados podem ser executados também em resinas especiais de laboratório, porém são mais suscetíveis ao desgaste.
Metalo-cerâmica: Próteses cerâmicas sobre bases metálicas, em contato com dentes preparados ou sobre implantes metálicos. Podem ser unitárias ou em múltiplos elementos.
Moldeiras individuais para clareamento: Moldeira confeccionada sobre modelo de gesso de reprodução das arcadas do paciente, em materiais "resilientes" (macios), que se adaptam com precisão sobre os dentes a serem clareados.
O'Ring: Sistemas de retenção para próteses removíveis, confeccionados sobre raízes ou sobre implantes. Têm princípio "macho-fêmea", onde o macho é a parte fixa com forma esférica, recebendo sobre ela a parte removível contendo um "Botão Metálico" com borracha de pressão, ou "Botão de Teflon" auto-retentivo.
Oclusal Metálica: Variação de técnica através de fundições metálicas visando potencialização da eficiência mastigatória (face triturante em metal).
Oclusão: Capítulo complexo da odontologia que estuda a articulação entre ambas as arcadas.
Onlay: Prótese similar aos Inlays, porém com dimensões mais extensas, envolvendo áreas de cúspides. Passam a ser, por esta característica, restaurações "continente".
Overbite: Trespasse vertical acentuado dos dentes incisivos superiores sobre os incisivos inferiores, com ou sem acompanhamento da arquitetura alveolar. Essa referência diz respeito unicamente à posição da borda incisal dos dentes superiores em relação aos dentes inferiores. Quando essa sobreposição é muito acentuada em relação aos padrões de normalidade, diz-se "mordida profunda".
Overjet: Trespasse horizontal acentuado dos dentes incisivos superiores sobre os incisivos inferiores, com ou sem acompanhamento da arquitetura alveolar. Essa referência diz respeito unicamente à posição da borda incisal dos dentes superiores em relação aos dentes inferiores. Quando essa distância é muito grande, em relação aos padrões de normalidade, diz-se "overjet acentuado".
Passafio: "Agulhas" plásticas para facilitar o uso do fio dental sob próteses fixas ou aparelhos ortodônticos.
Perimólise: Desgaste do esmalte dentário em conseqüência da ação de substâncias ácidas. Pode estar associado a fatores intrínsecos ou extrínsecos. Aos fatores extrínsecos atribuem-se os ácidos presentes nas frutas, sucos e refrigerantes. Aos intrínsecos estão os distúrbios gástricos pela ação do suco gástrico, com seu PH de 1 a 1,5 (taxa muito inferior ao mínimo de 5,5 tolerado pelo esmalte). A causa endógena (gástrica) pode se observar pela alta freqüência de vômitos e/ou regurgitamento crônico. O suco gástrico lançado sobre o dorso da língua se espalha com prevalência sobre as faces linguais dos dentes ântero-superiores (Incisivos, caninos e cúspides linguais dos pré-molares). As faces externas (vestibulares) são poupadas devido ao contato da mucosa. No maxilar inferior observa-se maior intensidade nas cúspides linguais dos pré-molares e molares, já que a presença das glândulas sub-linguais e parótidas evitam a abrasão sobre as áreas com as quais se relacionam. Sinais característicos dessa patologia são os “desníveis” entre a superfície dentária e a restauração quando surgem as “ilhas de amálgama” ou “ilhas de resina”, ficando as restaurações mais salientes que o nível do esmalte, podendo evoluir até a eliminação completa do esmalte, expondo-se a dentina, o que pode causar grande sensibilidade. Recomenda-se ao paciente tratamento médico com o gastroenterologista, acompanhado de recursos restauradores em Odontologia, tais como: Reposição da massa dentária perdida através de restaurações com Adesivos Dentinários e Resinas Compostas; Laminados ou Facetas em Porcelana, Resina Direta ou Compômeros; e, nos casos mais severos, quando a perda de massa dentária está associada a restaurações extensas pré-existentes, indica-se a realização de trabalhos de Coroas Puras em Cerâmica. O “fenômeno” pode ser magnificado por ação de traumas de oclusão e do bruxismo, extendendo-se a destruição tecidual para as cúspides e bordas incisais dos dentes superiores.
Piercing dentário: São adornos confeccionados em materiais variados aplicados sobre o(s) dente(s) naturais ou artificiais, através de colagem com resinas odontológicas, sem perfuração do esmalte. Podem ser metálicos, pedras semi-preciosas, etc... Esse processo é reversível, podendo ser retirado sem causar danos à integridade do elemento dental.
Procera: Base cerâmica confeccionada a partir da reprodução do troquel (réplica do dente preparado, confeccionada em gesso especial), obtida através de scanner mecânico com ponta de safira, que realiza a leitura de milhares de pontos sobre a superfície do troquel, sendo o resultado digitalizado desta leitura transmitido via modem para a empresa sueca que desenvolveu o sistema. O coping estético retorna da Suécia dentro de uma semana, em média, para ser provado e finalmente receber a fase estética em cerâmica.
Prótese total: Sinônimo de "dentadura". Pode também ser aplicado o termo para próteses fixas extensas envolvendo a substituição estético-funcional de todos os dentes da arcada (dentadura fixa).
Próteses Metal-Free: Toda prótese que não utiliza metal.
Próteses removíveis: Toda prótese que pode ser higienizada fora da boca.
Protocolo: Sistema de prótese sobre implantes criado pelo Professor Per Ingvar Branemark, composto de estrutura metálica, recoberta com "gengiva artificial" em resina acrílica termopolimerizável ou em cerâmica. Na mandíbula utilizam-se de quatro a seis implantes, em média, para suportar a prótese parafusada. Na maxila utilizam-se, em média, 5 a 8 implantes, podendo haver variações conforme a necessidade do caso e planejamento do profissional.
Prototipagem: É a confecção de modelos em resina, em uma impressora tridimensional, que reproduz com exatidão o volume e a anatomia óssea da região a ser operada, a partir de imagens obtidas de tomografia computadorizada ou ressonância magnética. Tal tecnologia propicia o exercício cirúrgico prévio, a confecção de próteses personalizadas e de guias para a orientação do cirurgião durante o ato cirúrgico. Registros Dispositivos realizados com materiais de impressão de mordida, com finalidade de reproduzir o posicionamento ideal dos modelos* de reprodução dos maxilares em articuladores mecânicos(*em gesso). Serve tanto para estudo como para montagens funcionais (para realização dos trabalhos laboratoriais). Torque ideal nos implantes dentários O sucesso dessa terapia está diretamente ligado às considerações clínicas do ato cirúrgico em si, ou seja, o cirurgião utiliza seu senso clínico para avaliar a qualidade óssea e a estabilidade inicial (quantidade de força no "aperto" dos parafusos implantados), pois dependemos disto para que se colham os máximos benefícios preconizados pela técnica.
Troquel Recorte individualizado, em gesso, de dimensões fiéis ao preparo protético realizado na boca do paciente; confeccionado a partir do modelo de reprodução que foi obtido através de moldagens de precisão. Os troquéis destinam-se a facilitar os detalhes de adaptação da prótese em relação ao próprio dente, dentes adjacentes e antagonistas.
UCLA* : Dispositivo universaladaptável sobre implantes e aplicável em múltiplas situações clínicas ou laboratoriais. Pode se apresentar em diversos materiais, dependendo da indicação: 1) Para uso clínico, apresenta-se em metal(titânio); 2) Para uso laboratorial pode apresentar-se em material plástico puro "calcinável", ou com base metálica pré-fabricada e ajustada por tornos de precisão, recebendo ambos recortes e/ou adição de cera para conformação às necessidades anatômicas específicas do sítio protético.
* desenvolvido na Universidade da Califórnia, por John Beumer III

Otimização no uso de Ligas Não Preciosas para Aplicações Cerâmicas.

A confecção da mais simples restauração envolve uma infinidade de fatores e variáveis, tornando impossível identificar com precisão tais fatores a fim de isolar a causa de um problema específico.
Por outro lado, uma melhor compreensão de procedimentos e propriedades dos materiais, é possível aplicar técnicas que reduzem sensivelmente a probabilidade de falhas.

Bolhas: Para evitar bolhas é necessário obter uma boa “queima”. Mais de 90% (noventa por cento) de bolhas na união metal – porcelana é causada pela queima inadequada do revestimento antes da fundição. Quanto melhor a queima do revestimento, menor a probabilidade de bolhas na porcelana.
Quando os anéis de fundição não são queimados adequadamente, cinzas de carbono (ou resíduos) podem contaminar o revestimento durante a fundição. Neste caso, a liga metálica derretida em alta temperatura (1390C), ao penetrar na cavidade do molde, provoca a vaporização das partículas de carbono presentes na superfície do mesmo. As partículas de carbono passando do estado sólido para o gasoso sofrem uma grande expansão de volume. Uma grande parte do gás em expansão escapa pelos poros do revestimento, mas uma parte do gás fica aprisionada na liga a medida que esta solidifica. Lentamente, este gás vai abrindo caminho e sendo liberado até atingir a superfície do metal e então escapa no momento mais inoportuno como no estágio de glazing.

Correções: 1) Siga a risca as instruções de queima contidas nas instruções do metal. Se você tiver tempo estenda o período de queima do revestimento. Revestimentos modernos, de alta temperatura a base de fosfato, podem resistir a altas temperaturas (871 a 950 C) por períodos prolongados. Atenção não sacrifique a temperatura nem o tempo da queima. Aquecimento adequado proporciona cavidades limpas e reduz o risco de contaminação da liga.
2) A retaguarda de uma queima adequada é o jateamento. (veja jateamento)
Lembre-se:
Verifique sempre se o forno está bem calibrado.
Não use acetileno. Use oxigênio/propano ou oxigênio/gás natural. Ajuste na pressão (1 e meio a 2 kgf).
Use sempre maçarico com bico de oríficios múltiplos.
Use cadinho de quartzo aberto. Pré- aqueça sempre o cadinho.
Evite o superaquecimento da liga para que não ocorra excesso de oxidação na liga, e perda das propriedades.
Nunca esqueça a máscara de proteção.
O resfriamento lento da liga evita o endurecimento da liga. Resfrie ao ar por 10 minutos. Depois lave bem na água.

Preparação do Metal: Prepare a superfície do metal somente com pedras e discos de óxido de alumínio (branca ou marrom). Não utilize a mesmas pedras e discos com outros metais ou pode haver risco de contaminação.
Se os copings forem muito finos provavelmente não poderão oferecer resistência estrutural adequada durante os ciclos de queima da porcelana. Conforme o metal aquece e resfria pequenos sulcos podem sofrer deformações produzindo trincas ou marcas na porcelana. Após o acabamento, a espessura do coping não dever ser inferior a 0.3 mm.
Terminada a preparação do metal, todas as superfícies devem estar limpas e livres de qualquer óxidos, arestas vivas ou bordas agudas. Arestas vivas ou bordas agudas podem gerar esforços sobre a porcelana com conseqüentes trincas ou marcas.

Jateamento: Se a queima adequada do revestimento é a primeira linha de defesa contra bolhas na porcelana, o jateamento é a retaguarda.
Qualquer material contendo carbono sobre a superfície do metal será gaseificado durante a queima da porcelana formando possíveis bolhas. Todos os materiais de polimento (discos, e pedras) contêm algum tipo de binder que aglutina o composto polidor e preserva sua forma. Binders contém carbono e o metal reterá uma certa quantidade destes binders em sua superfície depois da preparação do metal. Jateamento adequado remove estes compostos de carbono, reduzindo o risco de bolhas.
Utilize óxido de alumínio branco (malha 220, 50 micron) a pressão mínima de 100 psi(50 a 60 libras). Mantenha o bico do jato próximo a superfície da peça num ângulo de 45°graus e limpe completamente toda a superfície.
Utilize somente óxido de alumínio branco. Uma partícula de óxido de alumínio é branca. Alguns fornecedores oferecem óxido marrom (ou ligeiramente avermelhado). Estes óxidos ganham coloração pela contaminação por óxido de ferro. Óxido de ferro prejudica a adesão da porcelana ao metal e deve ser evitado. Pode até dar certo, mas para que arriscar?
O óxido de alumínio (malha 220, 50 micron) não começa a penetrar e limpar adequadamente a superfície do metal com pressão inferior a 80 psi e os melhores resultados ocorre com pressões da ordem de 100 psi. Use pressão mínima de 100 psi(50 a 60 libras). Mantenha o bico do jato bem próximo a superfície do metal. Se bico estiver muito afastado as partículas perdem velocidade antes de atingir a superfície o que reduz a eficácia da limpeza.
Mantenha a ponta do jato sempre na mesma angulação com relação a peça de modo que as partículas possam sair segundo um ângulo complementar. Se a ponta for direcionada perpendicularmente a superfície do metal, pode criar um pressão contrária a direção do jato principal reduzindo a velocidade das partículas.
Se suspeitar que a pressão de 100 psi pode perfurar o metal, é porque o metal está demasiado fino e isso pode levar a outro tipo de problema.
Alguns fabricantes argumentam que o jateamento a pressões muito elevadas podem fazer com que partículas de óxido fiquem incrustadas no metal criando problemas durante a queima da porcelana. Isso é incorreto ou no mínimo sem evidência prática comprovada. Se partículas de óxido de alumínio estiverem presentes após o processo de limpeza, estas estarão inertes durante a queima da porcelana. Na verdade, óxido de alumínio é um componente comum das porcelanas odontológicas.
Mantenha seu compressor de ar e tubulações limpas e em bom estado. A presença de óleo causará inúmeros problemas. Jateie apenas com ar limpo e seco.

Limpeza: Limpe toda superfície da restauração antes de aplicar a porcelana. Use um vaporizador ou água destilada em um vaporizador ultrasônico durante 10 minutos. Se usar água destilada, mantenha-a fresca (troque diariamente).Ou use álcool isopropílico para um melhor desempenho. Lembre-se de não tocar a restauração com as mãos durante ou depois do jateamento e estágios de limpeza. Suas mãos podem deixar gordura que causam contaminação na superfície do metal.

Desgasificação: O termo “desgasificação” pode causar confusão. Implica que o metal fica limpo e livre de gases. Isso é incorreto. Como você sabe que todos os gases nocivos foram removidos? Você não sabe. Por isso este processo deve ser visto com um estágio de inspeção.
Se tudo estiver funcionando bem em seu laboratório, você não precisa desgasificar elementos simples. Mas é prudente fazê-lo no caso de pontes, por serem mais complexas e oferecerem maior risco de problemas. Por exemplo, pontes requerem uma queima mais longa devido ao maior volume de cêra requerido para formar os componentes da ponte. Maiores volumes de cêra implicam em maior volume de cinzas de carbono no revestimento do molde. Os arcos pônticos são de grande preocupação, pois contém muita cêra.
Se estiver tendo problemas desgasifique tudo. Isso pode revelar a natureza do problema.
Ao desgasificar aqueça o metal a (980 C ) sem vácuo por 05 minutos ao ar e deixe resfriar. Ao atingir a temperatura máxima remova a estrutura e deixe-a resfriar ao ar. Inspecione a superfície oxidada do metal. Procure por descolorações que não sigam ao padrão (manchas). Se estiverem presentes remova com discos e pedras e limpe as áreas descoloradas. Então re-processe a desgasificação e aplique o opaco sem jateamento.
Ao trabalhar com ligas sem berílio as manchas podem ser inevitáveis. Jateie a superfície oxidada do metal sem berílio antes de aplicar o opaco. Em teoria, a resistência da adesão de ligas sem berílio é aumentada quando o opaco e o óxido metálico são formados simultaneamente durante a primeira queima.

Opaco: Não jatei. Para melhor aderência aplique uma camada fina de opaco 0,1mm. E depois uma segunda camada de 0,2 mm de espessura. Conforme instrução do fabricante. Há uma grande quantidade de porcelanas e metais disponíveis atualmente. Algumas combinações produzem resistência de adesão constantemente confiáveis ao passo que outras são menos consistentes. Um exemplo clássico de união quase perfeita é a união de Verabond ou Verabond II com a porcelana Ceramco. Ou no Brasil, Verabond ou Verabond II com Noritake.
Se você tiver dificuldades com adesão metal porcelana; considere o seguinte:
Veja se você esta usando uma Porcelana Americana de Granulometria Média (Ceramco) ou uma Porcelana Européia de Granulometria Fina (Vita). Para poder escolher entre Verabond II ou Verabond 2V. Compre uma tonalidade clara do opaco da Vita ou Ceramco. Misture uma pequena quantidade do opaco, aplique uma camada fina à superfície do metal e queime no forno. Então aplique duas camadas do opaco de sua porcelana em duas queimas separadas para concluir a opacificação. Isso deve criar uma interface mais confiável.
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