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sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

MONTAGEM EM ARTICULADORES (PROTESE TOTAL)

Com as bases de prova com as curvas individuais de compensação posicionam-se os modelos de trabalho, nas bases de prova. Como o conjunto: base superior e base inferior estão unidas entre si por meio de grampos, tem-se a certeza de que, ao encaixarem-se os modelos superior e inferior nas chapas de prova e depois se fixa o conjunto em um aparelho mecânico fixo, os modelos estarão relacionados na mesma posição em que estavam as chapas de prova. O instrumento mecânico de que nos utilizamos, chama-se articulador.

Tipos e conceito:
Há vários tipos de articuladores, cada qual baseado em um conceito ou Escola de Oclusão. Basicamente podemos dividir os articuladores em três tipos:

 Articulador de charneira (ou bisagra simples): são instrumentos que reproduzem exclusivamente o movimento de abertura e fechamento. São os instrumentos mais simples, no entanto obrigam o profissional a uma série infindável de ajustes, quando da prova das próteses no paciente. A aparente simplicidade inicial se traduz em complexidade posterior.

 Articulador arbitrário (ou de valor médio): são instrumentos em que a articulação dos ramos com o corpo é feita por meio de um dispositivo que representa a articulação temporomandibular (denominado de guia condilar). Esses instrumentos permitem, além do movimento de abertura e fechamento, movimentos de lateralidade e propulsão; sendo que os movimentos excêntricos se efetuam segundo inclinações pré-fixadas pelo fabricante. Geralmente, esses instrumentos têm suas guias condilares pré-fixadas em 33º, (para a trajetória sagital do côndilo) e ângulo de Bennett, fixado em 15º.

 Articuladores ajustáveis (semi ou totalmente ajustáveis): são instrumentos em que podemos regular (ou ajustar) as relações maxilo-mandibulares, individuais, do paciente. Esses instrumentos permitem, em grau maior ou menor, a regulagem da: inclinação do plano oclusal; distância intercondilar; inclinação da guia condilar (trajetória sagital do côndilo); ângulo e movimento de Bennett; ângulo de Fischer; trajetória do ponto incisal (através do pino guia incisal) e alterações na DVO.

Montagem em articulador
Cada instrumento apresenta características específicas que dependem do número de registros disponíveis e acessórios incorporados, tanto ao articulador propriamente dito, quanto ao arco facial. Entretanto, a maioria dos articuladores em uso atualmente, segue a teoria de eixo terminal de rotação, os que fazem com que as técnicas de montagem sejam muito semelhantes entre si.
O instrumento mais difundido corresponde ao articulador WHIP-MIX. É um articulador semi-ajustavel, tipo arcon, com distância inter-condilar regulável em três posições (pequena média e grande); apresentam guias condilares ajustáveis (entre 0º e 60º quanto à trajetória sagital do côndilo e entre 0º e 25º quanto ao ângulo de Bennett), pino guia incisal graduado milimetricamente e plataforma incisal fixa (há uma plataforma incisal regulável, acessória). Outro instrumento é o articulador projetado por TAMAKI; o chamado articulador TT. É um articulador totalmente ajustável, com características que o tornam extremamente útil no planejamento, montagem e ajuste oclusal de prótese totais.

Descrição da seqüência de montagem
 Montagem do modelo da maxila:
Com a base de prova superior com rolete de cera já montado, adapta-se a forquilha do arco facial ao rolete, utilizando cera fundida. Dessa forma, a forquilha fica solidária ao rolete e à base de prova. Leva-se o conjunto à boca do paciente. Com auxílio da base de prova inferior, com o rolete já adaptado, solicita-se ao paciente que mantenha o conjunto em posição com a força de sua mordida.
Adapta-se o arco facial à haste da forquilha, levando as "olivas" ao pavilhão auditivo do paciente. Solicita-se, ao paciente que apoie o arco facial com as mãos, enquanto adaptamos o dispositivo de localização do násium.
Leva-se o conjunto ao articulador, adaptando as olivas do arco facial aos pinos próprios do articulador. O ramo superior do articulador repousa sobre a parte superior do arco facial. No caso de instrumentos cuja distância inter-condilar é regulável, verifica-se, no próprio arco facial essa distância e ajusta-se o articulador. Acrescenta-se gesso entre a placa de montagem e o modelo, tomando o cuidado de utilizar pequena quantidade de gesso. Aguarda-se a presa do gesso antes de passar para a fase seguinte.
Outro método é o “Split-Cast” neste faz-se o isolamento na superfície da base do modelo de trabalho previamente a aplicação do gesso isto possibilitará que futuramente este possa ser removido do articulador sem prejuízo da posição determinada com o arco facial.
 Montagem do modelo da mandíbula:
Fixado o modelo da maxila, removem-se o arco facial e a base de prova, do articulador. Voltando ao paciente, tomamos os registros prévios: curva individual de compensação; DVO; RC e linhas de referência. Fixadas as bases de prova entre si, na posição de RC, removemos o conjunto da boca e leva-se ao articulador. Adaptada a base de prova superior ao modelo da maxila (já montado), adaptamos o modelo da mandíbula à base de prova mandibular. Com o pino guia incisal fixado em zero (posição de montagem), fecha-se o ramo inferior do articulador. Acrescenta-se gesso entre o modelo mandibular e a placa de montagem. Aguarda-se a presa do gesso. Após a presa final do gesso, os elementos de fixação podem ser removidos e, se necessário for, os modelos podem ser reforçados com nova porção de gesso.

3- Regulagem do articulador:
A regulagem do instrumento é executada acompanhando as curvas individuais de compensação, registradas nos planos de cera (desgaste de Paterson). A posição de montagem corresponde à posição de RC (obtida pelo método de Gysi). A regulagem das posições excêntricas será executada acompanhando o registro do "arco gótico” presente na plataforma inscritora montados os modelos, faz-se à seleção e montagem dos dentes artificiais.

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